(atualizado às 18h20) A jornalista Joice Hasselmann anunciou, em seu site pessoal, o desligamento do Grupo RIC no Paraná na manhã desta terça-feira (11). De acordo com a jornalista, a empresa optou por seguir um jornalismo mais leve, menos combativo, e que não condizia com sua linha de trabalho.
Segundo o Blog do Tarso, o alvo das denúncias de Joice era com casos de corrupção que envolviam o governo parananense, do tucano Beto Richa.
Na nota, que está disponível na íntegra aqui, Joice também destaca os furos jornalísticos em seus quase dois anos de empresa. Em 2012, após sair da Rede Massa (SBT), ela assinou contrato em fevereiro e estreou no mês seguinte na afiliada do canal de Edir Macedo.
Ao SulBRTV, o Grupo RIC Paraná enviou a seguinte nota: "O Grupo RIC Paraná informa que o contrato de dois anos firmado com a jornalista Joice Hasselmann encerrou e não houve renovação. O Grupo reconhece a contribuição desta profissional no período em que fez parte da equipe de jornalismo e agradece pelo bom trabalho realizado. Deseja sucesso na nova etapa."
Confira parte da nota da jornalista em seu site:
"Em respeito aos meus leitores, ouvintes e telespectadores, amigos, fontes, enfim, a todos que acompanham meu trabalho, comunico, oficialmente, que não tenho mais qualquer ligação com a RICTV Record. Através de um documento, enviado por cartório (veja abaixo o documento registrado no 3º Ofício de Títulos e Documentos) comuniquei o rompimento do contrato com a emissora. Eu vou explicar um pouco do bastidor dessa história.Assim que retornei de férias, em meados de janeiro, fui chamada para uma reunião com o então presidente da RIC no Paraná, Leonardo Petrelli. Ele, com todas as letras, me disse que nesse ano “especial” a RICTV Record havia optado por um outro tipo de jornalismo, mais “tranquilo”, ou seja, menos combativo, menos investigativo e que eu, nas palavras dele, era forte demais. Claro que eu, como colunista forte e independente nunca me encaixaria nesse tipo de jornalismo. Por tais razões fui afastada do ar, mesmo com meu contrato ainda em vigência. Perguntei claramente qual foi o acordo com a tropa de choque da política nativa já denunciada por essa colunista e que frequentemente tentava me pressionar através dos gestores pelo meu trabalho não só na TV como no meu blog e questionei quais denúncias influenciaram tal decisão “editorial” e disse ao presidente da RICTV Record algo que eu vivo diariamente e que move meu trabalho e minha postura profissional: “Eu sou águia e águia jamais será pato”".
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